gestão pública, política e jurídica
Geopolítica
Prof. André Francisco Matsuno da Frota
aula 03
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Material didático institucional
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Plano de Ensino
Conceitos e fundamentos da geopolítica. Teorias clássicas da geopolítica. Relação entre espaço e poder. Geopolítica e imperialismo. Enfoques atuais de geopolítica diante da Nova Ordem Mundial. Papel da geopolítica nas relações internacionais. Geopolítica e globalização. Geopolítica e geoestratégia. Conceito de geoestratégia. Principais estudos geoestratégicos e a arte militar. Estudo dos quadros de instabilidade mundial contemporâneos.
Conversa Inicial
Na continuidade de nosso estudo em geopolítica, vemos como esse campo do conhecimento influencia e dialoga com a geoestratégia. Para entendermos o conceito de geoestratégia, fazemos uma análise deste e, em seguida, fazemos uma exposição das expressões do poder militar, de modo que você compreenda o papel das contribuições teóricas da geopolítica, associadas ao uso do poder militar (e político) para as ações estratégicas dos Estados no mundo.
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Tema 01 – Conceito de geoestratégia
Ancorada em modelos teóricos como os de Carl Von Clausewitz (1780-1831) e Antoine-Henri Jomini (1779-1869), a geoestratégia tem como foco a projeção de poder no espaço geográfico global, por meio da associação entre geografia e estratégia, manifestada pelo emprego racional do poder militar e pela sua correlação com a política (Teixeira Júnior, 2017, p. 101-103).
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Tema 02 – Expressão terrestre do poder militar
Como única arma capaz de atacar, ocupar e manter o território conquistado, o Exército, que é a força terrestre, age estrategicamente pela ação direta (atrito com o inimigo) ou pela ação indireta (manobra e/ou guerrilha). Entre os autores que defendem essa força, Clausewitz mostrou que a derrota do inimigo ocorre com o abalo ou a destruição de seu centro de gravidade. Já Mackinder olhou para o poder terrestre sob a ótica da proteção ártica à retaguarda russa no Heartland. Karl Haushofer (1869-1946) focou na divisão do mundo em cinco pan-regiões, lideradas pelos Estados Unidos, pela Alemanha, pelo Japão ou pela Rússia. Além disso, George Kennan (1904-2005), Zbigniew Brzezinski (1928-2017) e Henry Kissinger (1923-) foram, ao longo do tempo, expoentes para a ação geoestratégica dos Estados Unidos durante a Guerra Fria. (Teixeira Júnior, 2017, p. 106-112)
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Tema 03 – Expressão aérea do poder militar
O poder aéreo conquistou o papel de força independente já no século XX, quando foi criado e incorporado às Forças Armadas. De mera força auxiliar do Exército em missões de observação e reconhecimento, a Força Aérea passou a executar missões de bombardeio estratégico e apoio aéreo aproximado. Assim, teóricos como Giulio Douhet (1869-1930) defenderam a superioridade aérea pelo ataque a militares e civis em campo inimigo, conforme explicitado em “Comando do Ar” (1923). Já William Mitchell (1879-1936) deu maior relevância ao papel do poder aéreo para minar o poder econômico do inimigo, por meio do bombardeio estratégico e do controle de diversos recursos de poder aéreo. (Teixeira Júnior, 2017, p. 124-126)
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Tema 04 – Seversky
Alexander Seversky (1894-1974), aviador militar russo-americano, focou no papel do poder aéreo e em sua relevância para a segurança dos Estados Unidos, embora fosse mais isolacionista se comparado a Spykman, por exemplo. Ainda assim, Seversky valeu-se da projeção cartográfica azimutal para demonstrar a perigosa proximidade da URSS em relação aos Estados Unidos, o que levaria ambos a disputar ou antagonizar suas forças aéreas na maior parte do Hemisfério Norte, considerada a zona de decisão. Seversky também destacou as zonas de domínio aéreo dos Estados Unidos e da URSS ao redor do globo. (Teixeira Júnior, 2017, p. 130-131)
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Tema 05 – Armas atômicas
Com a criação de armas nucleares, cujo uso poderia desencadear uma catástrofe incontrolável para o mundo, a ênfase na vitória militar total teve que ceder espaço à necessidade de se evitar o confronto aberto entre as potências nucleares. Com o uso de mísseis balísticos, por exemplo, poderia ocorrer o que ficou conhecida como “destruição mútua assegurada”. (Teixeira Júnior, 2017, p. 131-133)
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Na Prática
Uma aplicação do estudo desenvolvido nesta aula pode ser realizada pela análise dos relatórios divulgados pela Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA). Os documentos qualificam os programas nucleares dos Estados e indicam possíveis instalações adaptadas para fins militares. A agência serve como uma organização independente, que permite ao público em geral o acesso à realidade observada em campo.
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Finalizando
Nesta aula, observamos o papel e as propostas da geopolítica e da geoestratégia para pensar e propor o emprego multidimensional do poder militar (Exército, Marinha e Força Aérea), bem como vimos o impacto disso para a política internacional. Na próxima aula, estudamos o papel da geopolítica, particularmente o da geopolítica crítica, para as relações internacionais.
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Referências
TEIXEIRA JÚNIOR, A. W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017. p. 49-92.
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